domingo, 1 de agosto de 2010

Lamechices e outras coisas que tais (mas tinha que as escrever…)

Acabou apenas quando tive a certeza.

Não quis que sobrasse réstia de dúvida acerca do quão certo era o que estava prestes a fazer.

Desta forma, quando acabei aquela relação já tudo estava acabado, morto. E o luto estava também ele feito.

Foi essa a principal razão pela qual, tão rápida como surpreendentemente, uma nova primavera surgiu, tão pouco tempo após aquele fim.

Confesso que foi estranho, não o esperava tão rapidamente. Acabei para ficar sozinha. Foi inesperado e assustador.

Mas também foi calmo, diferente. Não foi uma coisa abrupta, turbulenta, assolapada, é algo tranquilo. É uma onda de bem-estar que me envolve e conforta.

Acalma-me e não me tira o que sou. Isto é, continuo a ter a minha individualidade ao mesmo tempo que partilho o meu mundo e que aceito o mundo do outro.

Sinto que estamos ao mesmo nível, em vários assuntos. Que nos complementamos. Tenho medos, claro que tenho, mas vou vivendo cada momento calmamente.

 

Acima de tudo, hoje, mais que um namorado, tenho um companheiro.

domingo, 16 de maio de 2010

Pensamento Sequencial

1. Vou mais cedo.

2. De propósito.

3. Espero que lá estejas.

4. (Tardio) Se não estiveres, azar.

 

Mentira. Tu sabes, eu sei. Nós sabemos.

Acabou.

Time of death: 9:47 PM

Foi tal e qual como uma morte.  Foi uma morte.

Anunciada para mim, súbita para ele.

Devia ter prestado um pouquinho mais de atenção. Ainda mais com tudo o que lhe disse, com tudo o que aconteceu, todos os sintomas.

Gosto. Não deixei de gostar: acontece é que deixou de ser algo que podia ser para sempre e, assim sendo, deixou de fazer sentido.

Guardo todos os pedacinhos do que tivemos, do que fomos, do que partilhámos. Fazem parte de mim. Fazem parte de quem eu sou, e não pretendo esquecê-los nem guardá-los num armário fundo e escuro. Trouxeste-me sol, luz, calor. Trouxeste-me vida, amor… Fizeste por mim algo que nunca conseguirei retribuir.

Por outro lado sinto-me livre. Acho que quando surgiu o nós, eu fui esquecendo o eu. E agora reencontrei-o. Um Eu bonito e lustroso, cheio de potencial.

 

Outra coisa… Foi o meu primeiro amor. E acho mesmo (mesmo, mesmo!) que nunca mais vou gostar de ninguém como gostei dele.

1.Porque em tempos gostei muito, mas muito mais dele do que de mim. E espero que nunca mais tal coisa se repita,

(Não é saudável... Dar a vida por alguém que se ama é… é exactamente aquilo que é, e que eu não consigo qualificar. E não há mal em amar mais os outros do que a nós, algumas vezes. O problema é quando nos amamos sempre pouco a nós próprios e vivemos permanentemente num estado em que outro importa sempre mais do que nós. 

Quando comecei a gostar de mim e a respeitar a minha pessoa, percebi que a razão principal pela qual eu gostava dele era porque ele gostava de mim. Praticamente tudo o resto foi ignorado. Agora sinto-me no direito de querer algumas particularidades na pessoa que acolherei como companheiro. E ter algo que não seja tão-somente (e não querendo retirar-lhe a importância que tem), porque o outro gosta de mim)

2. Porque vai sempre ser diferente. Há coisas que não se repetem, há muitas coisas que pertencem apenas a nós. Para sempre.

Claro que mais acontecerá, Haverão coisas melhores e coisas piores. Semelhanças e diferenças… Mas não procuro a relação que tive, procuro precisamente uma diferente. Nem melhor, nem pior: diferente.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Hoje, agora…

… medo de ficar sozinha.

Cobarde?

Humana.

terça-feira, 6 de abril de 2010

É assim mesmo

Vai vergar sem partir…

…porque eu quero!

sábado, 20 de março de 2010

Lamiré

Não és o centro do mundo…

Decisão

Não menti. Omiti, sim,, fiz bypasses… mas não menti. Para que possa ver, se quiser, mas para que possa também ser livre de optar por não ver.

Nunca tinha pensado muito sobre o que aconteceria se fosse directamente questionada acerca da verdade. No outro dia, fizeram-me pensar sobre o assunto e, depois de reflexão profunda decidi que, se me encostar à parede, se não me deixar opção… direi a verdade.

Tem todo o direito de querer ouvir directamente da minha boca a confirmação das suas suspeitas, se assim o desejar. É legítimo.

Quanto a mim, não tenho o direito de o impedir de decidir o que quer fazer com algo que pertence a ambos. Sim, o que temos não é só meu, e portanto não posso agir como tal.

Na omissão há margem de legitimidade: há oportunidade de escolha. As coisas não são claras mas há a hipótese de querer (ou não) saber mais (que são dois direitos que lhe assistem). Já usar a mentira é abusivo, porque estaria a manipular as coisas de uma forma que o priva completamente de saber a verdade. Deste modo estou a demiti-lo de participar numa coisa que é nossa e que, se deixar de ser nossa para passar a ser só minha, deixa de fazer sentido.

Dizer a verdade choca, pode ser tumultuoso, é mais imediato. Mentir mina. Destrói  a partir do profundo, lentamente, silenciosamente. O resultado, mais cedo ou mais tarde, de uma forma mais ou menos serena, será provavelmente o mesmo, com a diferença (abissal) que na segunda opção estarei a privá-lo de um direito essencial.

Além disso, se mentisse e fosse descoberta, como poderia ele confiar novamente em mim?

Eu própria prefiro uma verdade dolorosa do que de uma mentira (excepção única quando peço explicitamente que me mintam, mas aí há uma belíssima justificação). 

A verdade merece pelo menos o benefício da dúvida, a mentira pode ser motivo de condenação imediata.

Não é tanto pelo conteúdo... É pela atitude.

The truth, definitely.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ser racional

Ainda aí estás ou partiste sem dizer adeus?

É-me difícil sentir esse silêncio e vivê-lo serenamente. Inquieta-me que no meio desse silêncio possa já não haver ninguém.

É prematuro este pensamento, e até irracional, mas sinto uma enorme insegurança ao confiar sem provas. O medo invade-me com a força de um maremoto. Algo me impele com a força de um instinto para procurar respostas, garantias, que me assegurem que não vou cair se avançar.

Decidi que não vou render-me à vertigem deste medo.

Compreendo o motivo da sua presença, mas reconheço que não pertence aqui. Não desta forma.  

Be patient, let him miss you. 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Novos Horizontes

Tenho um horizonte novo…

… E é como acordar de manhã, abrir as cortinas e encontrar um nascer de sol com uma luz perfeita!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Apetece-me

Um beijo.

Com a mão neste pescoço. E a testa encostada na minha, a seguir, como se a intensidade daquele beijo nos tivesse momentaneamente esgotado as forças.